Os comissários nacionais eleitorais representantes dos partidos UNITA e CASA-CE demarcaram-se dos resultados apresentados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que dão vitória ao MPLA.
Segundo a última actualização de resultados provisórios da CNE, com 97,3 por cento dos votos já escrutinados, o MPLA, partido no poder em Angola, venceu as eleições gerais com 51,07% , enquanto a UNITA, maior partido na oposição, obteve 44,05%.
Na declaração conjunta, os comissários Isaías Chitombe, Maria Pascoal, Jorge Mussonguela, Francisco Viena e Rafael Aguiar dizem existir a par do centro de escrutínio da CNE “entidades estranhas” a trabalhar para a divulgação destes resultados.
Eles referem que a posição é tomada devido ao “aproveitamento político feito as actas” duma reunião daquele órgão divulgada nesta sexta-feira.
O grupo sublinha que “não se reveem” na divulgação dos resultados da CNE, pela restrição de acesso que os comissários municipais provinciais e nacionais tiveram para a produção dos resultados divulgados.
Esta posição surge depois da recusa da UNITA em reconhecer os resultados, solicitando uma recontagem com mediação internacional.
Numa declaração lida na noite desta sexta-feira, 26, em Luanda, Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, apresentou alguns exemplos de ilegalidades, segundo o seu partido, mas não indicou os próximos passos, no imediato.
"O partido-Estado teima em não compreender que o povo é soberano e a sua vontade não pode ser subvertida nas urnas", afirmou o líder da UNITA, que, com base nas actas-síntese, considerou que as discrepâncias dos mandatos atribuídos à UNITA pela CNE são "brutais".