Em alguns círculos políticos moçambicanos afirmar-se que membros séniores da Renamo reagiram positivamente a uma sugestão do líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) no sentido de os dois partidos trabalharem em conjunto nas próximas eleições em Moçambique, aumentando a possibilidade de uma coligação.
Analistas, no entranto, consideram que a grande questão é quem seria o candidato dessa eventual coligação às presidenciais.
Daviz Simango foi citado por alguns jormais da praça como tendo afirmado esperar que as políticas do MDM e da Renamo venham a convergir em estratégias eleitorais para conseguir alcançar bons resultados.
Simango realçou que tanto o MDM quanto a Renamo lutam para chegar ao poder, havendo por isso, a necessidade de se encontrar uma forma de lá chegar.
O analista Laurindos Macácua diz ser pouco provável uma coligação entre os dois partidos, "porque o MDM está enfraquecido e a Renamo sairia a perder nesse jogo, pois, não seria uma junção de forças".
A ideia é criar uma frente comum contra a Frelimo, o que para o líder do MDM, "é sempre uma janela aberta que permite a passagem de vento".
Contudo, Macuácua duvida que, pelo menos nesta fase, essa frente seja capaz de tirar a Frelimo do poder.
Para o analista Francisco Ubisse, é possível uma coligação MDM-Renamo, mas a questão é quem será o candidato às eleições presidenciais dessa frente.
Ubisse sublinhou ser evidente que com a morte de Afonso Dhlakama, o candidato mais proeminente da oposição é Daviz Simango, mas duvida que a Renamo o aceite como candidato, porque, na sua opinião, "há claramente conflitos de interesse pessoais".