Quinze agentes da polícia foram presos no Namibe por alegado roubo de um cofre na residência do governador provincial Rui Falcão.
O mistério envolve, contudo, o conteúdo do cofre.
O advogado dos policias António Vaz disse que o conteúdo do cofre “não consta em nenhum auto e ninguém sabe o que continha o suposto cofre”.
“O Ministério Público não revela os valores e muito menos se fala de valores”, disse o advogado, para quem "só se sabe parte desta história”.
Informações não confirmadas dizem que o cofre continha 50 mil dólares e oito milhões de kwanzas
Questionado pela VOA se o queixoso era o governador Rui Falcão,o advogado António Vaz disse que “a parte acusadora é o próprio Ministério Público”.
O advogado afirmou ainda que os seus clientes estão inocentes das acusações e que as suas tarefas implicavam apenas “velar pelo exterior da residência”.
“Eles não têm acesso ao interior da residência e desconhecem se tem cinco quartos, não sabem os compartimentos da residência”, afirmou
Para António Vaz o processo está repleto de irregularidades a começar pelo mandado de captura.
Os detidos, disse, foram notificados “de forma oral, o que não é correcto, e desconhecemos as razões do próprio mandado que exige fundamentação”.
“Numa visão analista em termos de direito isto não é normal”, concluiu o advogado.
O processo foi agora subitamente transferido para a procuradoria militar.