A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Angola é acusada de dever quase 100 milhões de kwanzas a empresas de restauração em Malanje
A dívida foi contraída durante a preparação das eleições de 2017 e, em consequência, dezenas de funcionários foram despedidos pelas empresas que não conseguiram fazer face aos seus compromissos.
As empresas PPL Bar, AG – Comercial, AD & BJ, Gerson Florindo de Almeida, Chinvula Comercial, Quim Miguel e Filhos, Juapejo Agro-Pecuária e Complexo Turístico ADS serviram milhares de refeições a formadores, mas continuam à espera do pagamento.
Um dos despedidos, António Bernardo diz não entender como é que "após a tomada de posse dos novos deputados, receberam carros e outras regalias enquanto as dívidas continuam por saldar".
“Por isso, estamos a reclamar para verem que estamos à rasca”, acrescentou.
O presidente da CNE, numa circular de Maio deste ano, justifica que os atrasos “advêm ao facto de o Ministério das Finanças, estar a atravessar dificuldades de tesouraria decorrentes da fraca arrecadação de receitas, provenientes dos impostos pagos pelos contribuintes.