Os deputados guineenses mandataram, esta quinta-feira, 27, o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, “a tomar disposições necessárias ao efectivo exercício das suas funções constitucionais”, qualificando-o de Chefe de Estado-interino.
A posição da maioria dos deputados consta da resolução decorrente de um debate de urgência, requerido pela bancada parlamentar do PAIGC, evocando a Constituição da Republica.
Cassamá vai substituir José Mário Vaz, cujo mandato terminou esta semana.
A maioria parlamentar “apela a Comunidade Internacional a manifestar e garantir total e efectivo apoio, colaboração e solidariedade à presidência interina do Estado”.
O líder da bancada parlamentar do PAIGC, Califa Seide, disse que a “comunidade Internacional não deve compactuar com eventuais manifestações de poderes, à margem da Constituição e de mais leis da República”.
Ele sublinhou que a necessidade de “não reconhecer qualquer tipo de representatividade do Estado da Guiné-Bissau por ex-presidente, José Mário Vaz, muito menos, assumir quaisquer responsabilidades, com terceiros, em relação a eventuais compromissos que venha assumir”.
A sessão não contou com a presença dos deputados do MADEM-G15 e do PRS que têm boicotado as sessões parlamentares.
Os dois partidos políticos solidarizam-se com o Partido da Renovação Social, que continua a exigir o lugar do 1º Secretario da Mesa da Assembleia Nacional Popular, actualmente, assumido pelo PAIGC.
Hoje, em conferência de imprensa, o MADEM-G15 e o PRS insurgiram-se contra o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que, esta semana, acusou o presidente-cessante de tentar um golpe de estado com o apoio do Senegal.
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