Os casos de corrupção autuados em Moçambique subiram para 1280, em 2020, contra 911, no ano anterior, e o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi diz-se bastante preocupado, porque os servidores públicos que ocupam cargos de chefia são os maiores corruptos, o que o Centro de Integridade Pública (CIP), considera apenas um discurso político.
Nyusi falou sobre a necessidade de combater a corrupção num encontro, em Maputo, com governadores provinciais, secretários de Estado e presidentes de Conselhos Municipais, entre outros representantes de órgãos executivos de governação descentralizada provincial e sectores de nível central.
O estadista moçambicano afirmou ser muito preocupante o facto de Moçambique ser um dos países mais corruptos do mundo, realçando que os servidores públicos, são os maiores corruptos.
Reformas
"Isso preocupa-nos bastante, porque são funcionários com perfis para operar o E-SISTAFE (sistema financeiro do Estado), que deviam guarnecer o sistema; preocupam-nos também técnicos adistritos a Unidades Gestoras das Aquisições, assim como membros da Polícia de Moçambique e dos Serviços de Investigação Criminal," disse Nyusi.
Para CIP, na voz do pesquisador Baltazar Fael, em Moçambique, o combate à corrupção é apenas ao nível do discurso político, embora assuma haver reformas ao nível legal e institucional.
"Mas as reformas não vão ao encontro daquilo que é a necessidade de proteger o Estado da acção de algumas pessoas", criticou Fael.