O Congresso Mundial sobre Florestas começou nesta segunda-feira, 7, na cidade portuária sul-africana de Durban, com apelos para salvar a humanidade através da plantação de de árvores e combate às queimadas descontroladas.
O continente africano regista pelo menos quatro mil queimadas descontroladas por ano que destroem florestas.
O director-geral da FAO, José Graziano da Silva, considera, entretanto, que desde 1990 houve uma redução em 25 por cento da destruição de florestas no mundo.
Este é o 14o. congresso mundial sobre florestas a acontecer desde 1926, mas é o primeiro a realizar-se no continente africano.
Ninguém sabe ao certo dizer por que razão só agora África acolhe o evento cerca de 90 anos depois do lançamento do primeiro congresso.
O continente africano tem a terceira maior floresta do Mundo que cobre 21 por cento da África.
A presidente da Comissão da União Africana, Nkosana Dlamini Zuma, lamenta o facto de grupos armados rebeldes usarem a densa floresta para realizarem actividades ilegais que incluem a caca furtiva e o abate de árvores para extracção de madeira. Nkosazana Zuma acredita que existem outras alternativas sustentáveis para pobres africanos sem acesso a energia elétrica.
Para o director-Geral da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), as novas tecnologias podem ajudar os pobres africanos a ganhar a vida através da exploração da floresta, mas sem degradá-la.
José Graziano da Silva disse que em Moçambique há sinais positivos do uso de novas tecnologias.
O Congresso de Durban abriu com uma marcha pacífica de bombeiros sul-africanos, demonstrando importância dos chamados soldados da paz no combate às queimadas descontroladas que destroem florestas.
Os oradores no congresso reiteraram apelos para a intensificação das campanhas de plantio de árvores.