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Cimeira EUA-África: Biden procura parcerias a longo prazo


Joe Biden
Joe Biden

O Presidente Joe Biden apelou a uma parceria a longo prazo com África enraizada na boa governação, depois de empresas americanas terem revelado milhares de milhões de dólares para investimentos tecnológicos para um continente onde a China se tornou um actor de topo.

Biden, que discursou no segundo dia da Cimeira EUA-África às dezenas de líderes africanos que vieram a Washington, evitou pronunciar o nome da China, mas deixou claro que os Estados Unidos adoptariam uma abordagem diferente.

Passados oito anos desde primeira reunião deste tipo, cujo anfitrião foi Barack Obama em 2014, Biden disse que os Estados Unidos procuram "parcerias - não para criar obrigações políticas, para fomentar a dependência, mas para estimular o sucesso e a oportunidade partilhada".

"Quando a África é bem sucedida, os Estados Unidos são bem sucedidos". Muito francamente, o mundo inteiro também tem sucesso", disse o Presidente americano.

A administração Biden está a disponibilizar mais de 55 mil milhões de dólares em apoio durante a cimeira de três dias e na quarta-feira acolheu as empresas americanas e africanas, que prometeram mais de 15 mil milhões de dólares em acordos comerciais.

Num contraste implícito com a China, que adopta uma abordagem de mãos livres nos países onde investe, Biden salientou "os valores fundamentais que unem o nosso povo - todo o nosso povo, especialmente os jovens: liberdade, oportunidade, transparência, boa governação".

A transição económica de África, disse ele, "depende de boa governação, populações saudáveis e energia fiável e acessível".

Mais tarde, encontrou-se com os líderes de seis nações que realizaram eleições em 2023, incluindo a Nigéria e a República Democrática do Congo - respectivamente os países mais populosos e mais vastos da África Subsaariana - para encorajar o voto livre e justo.

Juntou-se também ao primeiro-ministro de Marrocos para assistir ao Mundial de Futebol, em que Marrocos disputava a meia-final contra a França - Marrocos perdeu -, depois de prometer que a cimeira seria incaracteristicamente breve para que pudessem ver o jogo. Esta foi a primeira vez que uma nação africana chegou às meias-finais.

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