Moçambique acolhe a partir de amanhã, 2, a segunda cimeira do gás, numa altura em que se intensificam no país os apelos da sociedade a uma gestão transparente na distribuição dos rendimentos resultantes da exploração dos recursos naturais, de modo a que possam beneficiar a maioria dos cidadãos.
O objectivo é discutir o papel das reservas moçambicanas de gás na bacia do Rovuma no mercado global, numa altura em que o sector dos hidrocarbonetos e minerais regista um enorme crescimento, devido aos elevados investimentos de que tem estado a beneficiar.
O economista Eduardo Sengo, assessor económico da Confederação das Associações Económicas de Moçambique(CTA, na sigla em inglês) diz que é preciso que os rendimentos deste sector beneficiem a larga maioria dos moçambicanos.
"O que nós temos que fazer é garantir que haja transferência dos rendimentos dos sectores de hidrocarbonetos e minerais, que são altamente rentáveis, para outras áreas, de modo a que possam beneficiar um maior número de pessoas", destacou aquele economista.
Por seu turno, o jurista e professor catedrático Giles Cistac, defende uma maior transparência na gestão dos recursos naturais, sublinhando que a distribuição dos rendimentos, "exige transparência na gestão dos recursos naturais, pelo que é preciso integrar os princípios desta mesma gestão no nosso ordenamento jurídico".
Na cimeira do gás, organizada pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e pelo grupo de promoção de eventos ligados á energia, CWC, vão participar mais de 500 delegados e 40 empresas, incluindo dirigentes mundiais da industria de gás natural, representantes de governos, investidores, distribuidores e compradores.