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Cimeira de Paris: Paises em desenvolvimento querem tratamento diferenciado


Foto de arquivo
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Os países menos avançados, grupo do qual fazem parte Angola e Moçambique, exigem um tratamento diferenciado no novo acordo climático, que, nesta segunda-feira, começou a ser discutido na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.

Nesta derradeira fase, a discussão envolve os ministros do ambiente de mais de 190 países.

Após a elaboração do esboço do acordo, os países menos avançados levantaram muitas inquietações, disse à VOA a ministra angolana do ambiente, Fátima Jardim.

Jardim disse que nos países menos avançados, os problemas ambientais não são apenas as mudanças climáticas.

"Nós temos pobres, temos a questão do saneamento que é tão grave" e outros problemas que tornam os países menos desenvolvidos mais vulneráveis.

Estes países são os menos emissores, mas precisam de mais apoio financeiro para a adaptação e mitigação, pelo que nas negociações em curso exigirão um acordo justo, legal e equitatativo, que responda às ambições e realidades de cada país.

"Os países têm realidades diferentes, têm instituições diferentes. Como é que tudo isto vai funcionar?" questionou Jardim, que acrescentou que "estamos a ver aqui muito trabalho que ainda é necessário fazer".

Na abertura da sessão, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, voltou a pedir aos governos para conseguirem um acordo para limitar o aquecimento global e mudar a economia para fontes de energia mais verdes.

Entretanto, uma coligação de dez países africanos e doadores anunciou uma iniciativa ambiciosa que prevê restaurar 100 milhões de hectares de floresta degradada ou de área desflorestada até 2030.

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