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Cimeira Biden-Putin: "Melhor vermo-nos cara a cara", afirmou o Presidente americano


Presidente americano Joe Biden e Presidente russo Vladimir Putin em Bruxelas
Presidente americano Joe Biden e Presidente russo Vladimir Putin em Bruxelas

Presidente russo disse esperar por reunião "produtiva"

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, iniciaram nesta quarta-feira, 17, a sua cimeira em Genebra, na Suíça, com um aperto de mãos e o desejo de uma reunião produtiva.

Enquanto Putin, na abertura, disse que “acumularam-se muitas questões nas relações russo-americanas e agradeceu a Biden pela iniciativa do encontro, o Presidente americano realçou que o melhor “é vermo-nos cara a cara".

“As relações entre os EUA e a Rússia têm muitos problemas acumulados que exigem uma reunião de alto nível e espero que nosso encontro seja produtivo ”, afirmou o Presidente russo.

Biden respondeu na mesma forma:"Obrigado. Como eu disse lá fora, acho que é sempre melhor nos encontrarmos cara-a-cara”.

Ambos os lados vêm enfatizando haver oportunidades de cooperação, mas minimizam as expectativas de uma melhoria nas tensas relações entre Moscovo e Washington.

Observadores dizem que o encontro servirá como uma apresentação das queixas e posiconamentos de ambas as partes, do que uma uma plataforma para se chegar a acordos significativos.

“Não esperamos um grande conjunto de resultados desta reunião”, disse um alto funcionário do Governo americano à VOA e a outros jornalistas a bordo do avião presidencial Força Aérea Um durante o voo de Biden para a Suíça.

Após a saudação inicial e um encontro de Biden e Putin com o anfitrião, o Presidente da Confederação Suíça, Guy Parmelin, os dois líderes conduziram a primeira sessão no formato “P + 1”, em que Biden é acompanhado pelo secretário de Estado Antony Blinken, e Putin tem o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, ao seu lado, e os respectivos intérpretes.

Segue-se uma reunião com um formato menor, em que as delegações devem negociar durante até quatro horas.

A mesma fonte do Governo americano acrescentou que as duas partes concordaram em aumentar a flexibilidade para permitir que os líderes "tomem decisões sobre a melhor maneira de conduzir os trabalhos", mas acrescentou que "não haverá divisão do pão" entre os líderes.

O funcionário disse que o Presidente americano tenta encontrar áreas comuns em que Estados Unidos e a Rússia possam trabalhar juntos, ao mesmo tempo que vai deixar claro os interesses nacionais vitais dos EUA e que "as acções russas que vão contra esses interesses terão uma resposta".

O Presidente pretende expor a sua “visão dos valores americanos e nossas prioridades nacionais”, segundo a mesma fonte.

Por seu lado, antes da reunião, Dmitry Peskov, porta-voz do Presidente russo advertiu que os pontos da agenda "são muito problemáticos".

"Temos muitas questões que têm sido negligenciadas há muito tempo e que precisam de ser analisadas. É por isso que o Presidente, Putin vai fazer perguntas - com uma atitude franca e construtiva - para encontrar soluções", disse Peskov a jornalistas.

Para já, um resultado possível da cimeira é o regresso dos embaixadores dos dois países aos seus postos de trabalho, depois de terem regressado aos respecitvos países no início do ano, no alto da crise entre Washington e Moscovo.

A cimeira é o último ponto da viagem de Joe Biden à Europa, que começou no passado dia 9 no Reino Unido, onde participou na Cimeira do G7, seguindo-se depois para Bruxelas para a Cimeira da NATO.

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