Cidadãos guineenses na Turquia querem uma maior presença do Governo neste momento em que se encontram em situação difícil devido ao terramoto da passada segunda-feira, 6.
Em conversa com a VOA, o médico guineense Francisco Júnior diz que cerca de 10 guineenses viviam nas cidades afectadas, no entanto, todos foram retirados pelas equipas de salvamento, mas que vão precisar "de uma maior presença do nosso Estado", que ainda não foi vista.
Ele descreve um cenário de caos.
"Contactamos as nossas autoridades desde as primeiras horas para coordenar os dados que temos e ver se haviam guineenses nas cidades afectadas e o que é que se podia fazer, nós, como estudantes e residentes aqui na Turquia, sempre vamos precisar do nosso Estado para pedir o apoio na medida do possível", conta aquele médico que acrescenta não ter havido ainda esse apoio.
"Uma situação em que as pessoas precisam de ser retiradas de uma cidade. Isso não. Estamos em colaboração, até porque as pessoas afectadas já saíram das suas cidades, graças à ajuda humanitária internacional. Neste momento queremos maior envolvimento do nosso estado em todos os sentidos e para que não abandonem as pessoas afectadas pelo sismo, pois vão precisar de ajuda nos próximos dias", disse Júnior, para quem "e preciso que o Estado guineense tire lição a partir desta situação e crie políticas no sentido de detectar as situações dos estudantes e filhos da Guiné-Bissau na diáspora".
Francisco Júnior afirma que nunca viu apoio do Estado mas alerta que "temos muitos problemas que vão agravar com esse desastre".
Para ele, o Ministério da Educação deve criar um gabinete de acompanhamento da diáspora e para o funcionamento do gabinete deve condicionar a apresentação de relatórios mensais.
Júnior propõe inclusive, já no próximo Orçamento Geral do Estado, a constituição de um "fundo ligado a respostas a essas situações, bem como outras urgências sanitárias dos filhos da Guiné-Bissau em diferentes partes do mundo".
Aquele médico guineense, formado e residente em Turquia, desde 2013, afirma que é cedo falar da garantia de segurança, revelando um cenário de caos.
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