A cidade de Maputo celebra neste 10 de novembro, 137 anos de elevação à categoria de cidade em meio a onda de manifestações que marcaram a semana.
Apesar de o clima estar calmo neste final de semana, a última quinta-feira, 7, foi das mais agitadas, com a polícia a usar gás lacrimogéneo e balas para dispersar as centenas de pessoas que se fizeram a rua para protestar contra os resultados das eleições de 9 de outubro, que segundo a Comissão Nacional de Eleições, dão vitória ao partido Frelimo e ao seu candidato, Daniel Chapo.
O edil da Cidade de Maputo, Rasaque Manhique, diz que pelo menos seis viaturas particulares e dois tratores ficaram "totalmente destruídos". Quinze postos de semáforos foram vandalizados, vários abrigos de paragens e de carros também não escaparam.
Manhique, descreve o cenário como um retrocesso no desenvolvimento.
"A destruição de infraestruturas essenciais afeta o dia o dia dos nossos cidadãos, prejudica o funcionamento da cidade e representa um retrocesso nos esforços de desenvolvimento que temos implementado com tanto empenho e esforço", disse o edil da cidade.
Em reação, a ativista moçambicana, Quitéria Guirengane, diz que o país não está a registar retrocesso devido aos protestos, mas sim "por causa da violência e repressão brutal do exercício dos direitos por parte do regime".
Fórum