A 14 de Março será assinalado um ano após o ciclone Idai, que devastou a região centro do país, com incidência na cidade da Beira, mas as promessas para ajudar a reconstruir continuam limitadas.
Após a calamidade, o Governo disse que precisava de 3,2 mil milhões de dólares para a reconstrução das infraestruturas destruídas pelos ciclones Idai e Kenneth, este último que afetou o norte do país.
Na conferência, os parceiros apenas comprometeram-se a financiar 1.3 mil milhões.
Vinte milhões para o tecido empresarial
Para o sector empresarial foi anunciado um financiamento de 20 milhões de dólares, dos 140 necessários para reerguer o tecido empresarial de Sofala, cuja capital é a cidade da Beira.
Nádia Adrião, do Gabinete da Reconstrução, explica que “para nós efetuarmos os processos dos parceiros existem condicionantes que precisam de ser acauteladas (...) neste momento estamos a finalizar esses documentos porque não é uniforme, nem unilateral.”
Adrião dá conta de alguns avanços: “Já estamos a identificar o banco comercial que será responsável por este financiamento; em relação aos juros já está negociado e os bancos não vão impor outros juros, serão os acordados com o Banco Mundial.”
Apesar de ser insuficiente, o empresário Félix Machado diz que já é um bom começo, uma vez que “se tivermos uma parte já ajuda e as empresas não irão fechar”.
Boa coordenação
Mas “se começarmos a criar segmentos e burocracia, então acabamos bloqueando aquilo que era iniciativa do Presidente da República,” diz Machado.
E o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, acredita que só com uma melhor coordenação entre as entidades que apoiam a reconstrução é que se pode chegar a bons resultados.
“Temos que estabelecer balizas para podermos avançar, neste momento sinto que não estamos em sintonia”, disse.