Cerca de 10 mil cidadãos residentes na cidade do Maputo submeteram aos governos central e municipal uma petição a exigir uma intervenção urgente para travar o que chamam de desacatos urbanísticos que comprometem o presente e o futuro na capital.
A petição reclama de construções desordenadas, abate de mangais e falta de estacionamento, muito por conta de um crescimento imobiliário mal planificado.
“O investimento privado no imobiliário dirige-se para as zonas consolidadas e mais ricas, Baixa, Polana, Sommerschield, Marginal, o que acentua as desigualdades, ao mesmo tempo que degrada a qualidade dessas zonas”, destacou o engenheiro e professor catedrático Álvaro Carmo Vaz.
Para inverter a actual tendência, que segundo os peticionários põe em causa a qualidade de vida na capital, querem ter uma palavra a dizer nas decisões sobre a nova estrutura urbana.
“O que é importante é que todos os utentes da cidade têm direito de participar e gerir essas transformações”, exige João Tique, arquitecto e paisagista nacional.
A carta deu entrada na direcção do Conselho Municipal de Maputo e no Ministério das Obras Públicas e Habitação, mas ainda não teve qualquer resposta.