"Luanda não está preparada para receber chuvas", é uma frase já enraizada na cabeça dos habitantes da capital do país, incluindo nas próprias autoridades governamentais.
Ainda não houve um balanço oficial sobre as consequências da chuva que se abateu sobre Luanda nas últimas 24 horas, mas a VOA andou por vários bairros e, segundo moradores do Sambizanga, devido a buracos feitos por construtores chineses nas imediações do antigo mercado Roque Santeiro, três crianças acabaram por morrer afogadas no local.
"Aqui na área do ex-Roque Santeiro, num dos buracos feitos pelos chineses morreram três crianças", disse Cabuta Pedro, enquanto João Zacarias diz que em Cacuaco tudo piorou porque nem as ruas urbanizadas não têm valas de drenagem para escoar as aguas"
"Mesmo as ruas terciárias que o Governo mandou reabilitar, quando chove não vale a pena, é a mesma coisa, enche de tal maneira que não dá para passar nem pessoas nem carros, está mal", lamenta José Auka
No Cazenga o cenário não é diferente. Segundo Miguel Soares, “as pessoas não conseguiam sair de casa, ruas inundadas não há esgotos, sempre que chover é um mar"
A situação repete-se em Pelanca, Rangel e em todos os bairros onde a chuva caiu com intensidade ontem.
Até agora, as autoridades não se pronunciaram ainda.