Chuvas e ventos fortes deixam duas mortes, seis desaparecidos e inundações em São Tomé e Príncipe, com prejuízos enormes, embora ainda incalculáveis.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INM) diz ter sido apanhado de surpresa e que há mais de 30 anos que o país não registava chuvas com tanta intensidade.
Em menos de 24 horas, as chuvas que se abateram na terça-feira, 28, sobre São Tomé e Príncipe provocaram o caos na capital e em vários outros pontos do país.
“A informação que tenho é que pelo menos seis pescadores estão desaparecidos e duas pessoas perderam a vida”, disse o director do INM, Arristomenes Nascimento, à VOA.
Uma das vítimas mortais é uma criança de 6 anos de idade, residente na localidade de Boa Morte na capital do país.
De acordo com Nascimento, há mais de 30 anos que não se registava chuvas com esta intensidade em São Tomé e Príncipe.
“Fomos apanhados de surpresa. Há mais de 30 anos que não se viu chuva igual no país”, afirmou o responsável, que pede mais meios para o funcionamento da instituição que dirige.
Os prejuízos são enormes e as previsões apontam para mais chuvas durante os próximos dias.
O centro da cidade de São Tomé continua alagado e os operadores económicos reclamam prejuízos avultados.
“O pior é que ninguém vai nos ajudar a mitigar esses danos”, disse um comerciante.
Na região norte da Ilha de São Tomé há o registo de desabamento da maior ponte do país, sobre o rio Lembá.
“O Norte é a região que mais alimentos envia para as outras localidades e está isolado. Não vão conseguir escoar os produtos. Só as canoas não são suficientes”, disse um activista social.
Perante o caos, o Presidente da República, Carlos Vila Nova, e o Primeiro-ministro, Jorge bom Jesus, estiveram na manhã desta quarta-feira, 29, nas ruas da capital de São Tomé para se inteirarem da situação e foi convocada uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.