Boatos de que dois cidadãos chineses pretendiam raptar crianças num bairro da capital cabo-veridana, na quinta-feira, 8, causaram mal-estar no seio da comunidade daquele gigante asiático, radicada no arquipélago cabo-verdiano.
Este incidente não caiu bem no seio da comunidade chinesa, que se mostra preocupada com as falsas informações postas a circular sobretudo nas redes sociais.A polícia não constatou nenhum indício que suspeitasse a prática de qualquer situação anormal.
O presidente da Associação Amizade Cabo Verde-China (AMICACHI) José Correia disse à VOA ter mantido um encontro para tranquilizar os membros da comunidade.
Correia exorta às autoridades competentes a tomarem medidas para evitar que situações do tipo voltem a acontecer, já que podem criar ruídos e problemas nas relações com a China, um dos principais parceiros de desenvolvimento do arquipélago.
José Correia lembra que a China, desde os primeiros tempos da independência, tem sido um grande parceiro de Cabo Verde, país que igualmente acolhe uma significativa comunidade de estudantes das ilhas.
A Polícia Nacional emitiu um comunicado a desmentir o envolvimento de chineses no rapto de crianças, tendo ao mesmo tempo pedido serenidade aos cidadãos.
Nos últimos meses desapareceram quatro crianças e um adulto e na quarta-feira, as autoridades encontraram ossadas aparentemente de uma criança.
O Presidente da República e o Governo já apelaram à calma e tranquilidade e reafirmaram que as autoridades tudo farão para desvendar esses casos.
Enquanto isso, até agora não há nenhuma pista das duas crianças de 10 de 11 anos, respectivamente, que desapareceram há seis dias no bairro de Castelão, na capital do país.