Agentes federais invadiram ontem, 3, uma dezena de locais na Califórnia numa operação denominada “turismo de maternidade”. A ideia é descobrir um esquema em que mulheres grávidas, principalmente da China, viajam para os Estados Unidos para terem filhos que, assim, nascem cidadãos americanos.
“Hotéis de maternidade," é o nome dado aos locais invadidos pela polícia americana na Califórnia, entre eles um complexo de apartamentos.
Segundo a polícia, chinesas grávidas pagam até 50.000 dólares por hospedagem, viagens e outros serviços.
As autoridades não prenderam ninguém, mas o Departamento de Imigração e Fronteiras revelou que os agentes estavam à procura de provas de eventuais crimes, incluindo falsificação de vistos e fraude fiscal.
"Não é contra a lei vir aos Estados Unidos para que o filho nasça como cidadão norte-americano, mas é contra a lei mentir sobre isso durante o processo de pedido de visto e nas entrevistas à chegada do país”, explicou Claude Arnold, do Departamento de Imigração e Fronteiras.
Segundo os investigadores, empresas envolvidas no "turismo de maternidade" prometem às clientes números de Segurança Social e passaportes americanos para os seus filhos antes de regressarem à China.
Quando completarem 21 anos os filhos podem pedir vistos para os seus pais e outros familiares que vivem no exterior.
A prática do turismo de maternidade veio à luz nos últimos anos quando alguns residentes da Califórnia começaram a queixar-se de movimentos estranhos nos seus bairros.
No passado, vários congressistas defenderam mudanças nas leis de imigração para impedir que filhos de não cidadãos obtenham a nacionalidade americana à nascença.