Os promotores judiciais concluíram as alegações esta Segunda-feira pedindo ao tribunal para aplicar uma severa condenação, contra o antigo líder do partido Comunista de Chongqing.
O porta-voz do tribunal Liu Yanjie disse que os cinco dias de audiências permitiu as partes, tanto a defesa como o ministério público a oportunidade para apresentar e contrapor as provas.
A seguir a um intenso debate hoje no tribunal, os advogados de Bo Xilai apresentaram as suas alegações finais e o presidente dos juízes anunciou a conclusão do julgamento. A sentença será publicada já numa data mais tarde – palavras do porta-voz do tribunal chinês.
A acusação diz por sua vez que as provas no caso mostraram claramente que Bo Xilai é culpado de aceitação de suborno, corrupção e abuso de poder, e pediu ao tribunal uma sentença exemplar pelo facto do réu continuar a rejeitar os feitos.
Os advogados de Bo Xilai contra-argumentaram no final dizendo que, apesar de ter permitido a um homem de negócios comprar bilhetes de passagem para a sua mulher e filho, a sua acção política estava livre de qualquer acto de corrupção desde 2005 e em diante.
O julgamento de Bo Xilai é até então um caso único na China e por várias razões. Embora a imprensa estrangeira tivesse sido privada de acompanhar os procedimentos judiciais, a imprensa privada e publica na China acompanhou de perto os seus avanços nos tribunais. Houve altura em que as transcrições do processo eram lidas como episódios de uma novela, e o público teve assim uma rara oportunidade de se aperceber das regalias que usufruem as famílias dos altos líderes políticos chineses.
Noutros casos, e quando perante a justiça, os íderes chineses acusados confessam-se imediatamente culpados, e os procedimentos acabam por ser facilitados. Neste caso em particular, Bo Xilai optou-se em lutar, mas não foi capaz de tornar o julgamento num evento político ao denunciar os seus opositores ou mesmo ao questionar a legitimidade do tribunal.
Uma por uma e durante o julgamento, Bo atacou a credibilidade de quase todas as testemunhas de acusação, incluindo a de sua mulher. No início afirmou que ela era demente e que tinha sido julgada por assassínio, e por isso, o seu testemunho não tinha credibilidade.
O mesmo adiantou que em finais de 1990 tinha tido uma relação extra-conjugal que forçou a sua mulher a viver para o estrangeiro.
Na audiência desta Segunda-feira Bo fez uma outra revelação, alegando que o seu antigo ajudante, Wang Lijun estava em relações com a sua mulher Gu Kailai, e que foi esta, a razão do refúgio de Wang no Consulado americano de Chengdu, e que viria a forçar a sua detenção.
A imprensa estatal chinesa deu uma cobertura limitada as alegações de Bo no tribunal, mas todos condenam-no pelos crimes. As suas revelações já se encontram a circular na internet, e muitos professores de direito consideram que a transparência que marcou o seu julgamento, é um passo em direcção certa.
Bo Xilai foi um líder popular largamente conhecido na China e ainda possui muitos apoiantes. Analistas políticas afirmam que se não fosse a exposição do homicídio de um inglês por sua mulher, Bo poderia ainda fazer parte do grupo de homens que agora dirige o país.
O réu corre assim risco de sentença de morte. A acusação alega que ele recebeu 3,3 milhões de dólares de suborno de dois homens de negócios e extorquiu mais de 800 mil dólares de fundos públicos. Acusações que Bo negou responsabilizando a sua mulher. A acusação afirma que os fundos corruptos foram canalizados para Bo através de sua mulher e filho. O veredicto do julgamento deverá ser anunciado a qualquer momento, no início do próximo mês.
O porta-voz do tribunal Liu Yanjie disse que os cinco dias de audiências permitiu as partes, tanto a defesa como o ministério público a oportunidade para apresentar e contrapor as provas.
A seguir a um intenso debate hoje no tribunal, os advogados de Bo Xilai apresentaram as suas alegações finais e o presidente dos juízes anunciou a conclusão do julgamento. A sentença será publicada já numa data mais tarde – palavras do porta-voz do tribunal chinês.
A acusação diz por sua vez que as provas no caso mostraram claramente que Bo Xilai é culpado de aceitação de suborno, corrupção e abuso de poder, e pediu ao tribunal uma sentença exemplar pelo facto do réu continuar a rejeitar os feitos.
Os advogados de Bo Xilai contra-argumentaram no final dizendo que, apesar de ter permitido a um homem de negócios comprar bilhetes de passagem para a sua mulher e filho, a sua acção política estava livre de qualquer acto de corrupção desde 2005 e em diante.
O julgamento de Bo Xilai é até então um caso único na China e por várias razões. Embora a imprensa estrangeira tivesse sido privada de acompanhar os procedimentos judiciais, a imprensa privada e publica na China acompanhou de perto os seus avanços nos tribunais. Houve altura em que as transcrições do processo eram lidas como episódios de uma novela, e o público teve assim uma rara oportunidade de se aperceber das regalias que usufruem as famílias dos altos líderes políticos chineses.
Noutros casos, e quando perante a justiça, os íderes chineses acusados confessam-se imediatamente culpados, e os procedimentos acabam por ser facilitados. Neste caso em particular, Bo Xilai optou-se em lutar, mas não foi capaz de tornar o julgamento num evento político ao denunciar os seus opositores ou mesmo ao questionar a legitimidade do tribunal.
Uma por uma e durante o julgamento, Bo atacou a credibilidade de quase todas as testemunhas de acusação, incluindo a de sua mulher. No início afirmou que ela era demente e que tinha sido julgada por assassínio, e por isso, o seu testemunho não tinha credibilidade.
O mesmo adiantou que em finais de 1990 tinha tido uma relação extra-conjugal que forçou a sua mulher a viver para o estrangeiro.
Na audiência desta Segunda-feira Bo fez uma outra revelação, alegando que o seu antigo ajudante, Wang Lijun estava em relações com a sua mulher Gu Kailai, e que foi esta, a razão do refúgio de Wang no Consulado americano de Chengdu, e que viria a forçar a sua detenção.
A imprensa estatal chinesa deu uma cobertura limitada as alegações de Bo no tribunal, mas todos condenam-no pelos crimes. As suas revelações já se encontram a circular na internet, e muitos professores de direito consideram que a transparência que marcou o seu julgamento, é um passo em direcção certa.
Bo Xilai foi um líder popular largamente conhecido na China e ainda possui muitos apoiantes. Analistas políticas afirmam que se não fosse a exposição do homicídio de um inglês por sua mulher, Bo poderia ainda fazer parte do grupo de homens que agora dirige o país.
O réu corre assim risco de sentença de morte. A acusação alega que ele recebeu 3,3 milhões de dólares de suborno de dois homens de negócios e extorquiu mais de 800 mil dólares de fundos públicos. Acusações que Bo negou responsabilizando a sua mulher. A acusação afirma que os fundos corruptos foram canalizados para Bo através de sua mulher e filho. O veredicto do julgamento deverá ser anunciado a qualquer momento, no início do próximo mês.