As autoridades chinesas libertaram o Prémio Nobel da Paz Liu Xiaobo, vítima de cancro de fígado em fase terminal, anunciou nesta segunda-feira, 26, o advogado do activista.
O professor, intelectual e dissidente ainda tinha três anos de pena por cumprir.
A doença foi diagnosticada a 23 de Maio e Liu Xiaobo, 61 anos, foi libertado poucos dias depois, de acordo com o advogado.
Liu Xiaobo cumpria desde 2009 uma pena de 11 anos de prisão por "subversão", depois de ter sido um dos autores da Carta 08, um texto que defendia a democracia na China.
O dissidente venceu o Prémio Nobel da Paz em 2010, quando já estava detido.
Devido à sua ausência, o prémio foi entregue de forma simbólica em 10 de Dezembro do mesmo ano em Oslo, tendo sido representado por uma cadeira vazia durante a cerimónia.
A atribuição do Prémio Nobel provocou indignação na China, que congelou as relações de alto nível com a Noruega, o que afectou as exportações de salmão norueguês a China.
Pequim classificou Liu Xiaobo de "criminoso".