Dezenas de habitantes de aldeias do município Luquembo, interior da província de Malanje estão isoladas há já alguns dias com as enchentes que afectam os rios Kwanza e Luando.
Ss enchetes estão a dificultar o recenseamento para o programa KWENDA de pagamentos às famílias mais pobres
A trânsito de pessoas e bens está interrompido, o que reduz as reservas alimentares para muitas famílias desde o ano passado, como referiu Elisa Camuege, da regedoria Kaita,comuna de Quimbango.
Daquela aldeia à sede municipal aldeões percorreram mais de 400 quilómetros de motorizada
“As pessoas estão a trabalhar mandioca, inhame e as pessoasnão têm mota, quando ficamos doentes ficamos a patinando aqui”, disse Camuege.
."Quando vamos ao hospital tem que ser de moto, para atravessar alguém tem que te empurrar”, disse, acrescentando “as mamãs estão com bombó dentro de [casa] , comemos quizaca [folhas de mandioqueira moída] sem óleo”.
Camuege confirmou que “as mamãs não têm calçados, [na aldeia] não tem hospital e a água é difícil”.
O governo de Malanje deve intervir com brevidade, deseja Teresa Miguel.
“Queremos mesmo apoio do governo para o nosso bairro”, exigiu.
Naquela localidade decorre o processo de recenseamento de 987 famílias vulneráveis de 20 aldeias de difícil acesso na comuna de Quimbango, aceder os 25 mil kwanzas das transferências sociais monetárias, Kwenda, correspondentes a cada três meses.
O director do Fundo de Apoio Social (FAS), Gomes Golambole, admite que o nível de vida daquelas famílias vai melhorar com a inserção das mesmas no programa financiado pelo Banco Mundial e Governo de Angola.
A fase de preparação das condições logísticas para o processo de pagamento dessas famílias a nível do município do Luquembo deve começar a seguir ao cadastramento que encerra na próxima sexta-feira, 22..
“É um processo muito complicado e neste momento os rio Luando e Kwanza transbordaram e muitas aldeias ficam, praticamente divididas”, disse.
Não conseguimos andar, nem de carro, nem de motorizada, nem de bicicleta, o único meio para chegar a essas comunidades é de helicóptero”, afirmou.
Em Luquembo o FAS, através do KWENDA pretende registar 14 mil famílias.