O Tribunal de Kempton Park, na África do Sul, disse haver provas suficientes para o antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, ser julgado nos Estados Unidos ou em Moçambique, abrindo assim caminho à sua extradição.
Na sua sentença, o juiz William Schutte disse nesta segunda-feira, 8, que tanto a justiça americana como a moçambicana tem provas suficientes para julgar Chang.
Nos Estados Unidos, o antigo ministro e actual deputado da Frelimo é acusado pelos crimes de conspiração para fraude, conspiração para fraude com valores imobiliários e conspiração para lavagem de dinheiro.
Por seu lado, em Moçambique Manuel Chang é acusado de sete crimes que envolvem cerca de 17 milhões de dólares.
Com as sentenças do juiz, cabe agora ao ministro da Justiça sul-africano Michael Masutha tomar a decisão final sobre a extradição de Manuel Chang, para os Estados Unidos ou para Moçambique.
Durante uma das audiências, Chang manifestou o seu desejo de ser extraditado para Moçambique, por, segundo ele, ficar mais perto da família.
Manuel Chang foi detido a 29 de Dezembro na África do Sul a pedido dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que foram presos um empresário libanês em Nova Iorque, Jean Boustani, responsável de vender os barcos e equipamentos de um contrato que ascende a dois mil milhões de dólares, e três antigos directores da Credit Suisse em Londres.