Um cessar-fogo que entrou hoje em vigor entre a Arménia e Azerbeijão parece estar em perigo de fracassar com as duas partes a acusarem-se mútuamente de violarem o acordo.
Por outro lado o ministério dos negócios estrangeiros arménio disse que o conflicto entre os dois paises só pode ser resolvido com o reconhecimento inernacional da independência do enclave de Nagorno Karabakh, acusando também o Azerbeijão de usar o cessar-fogo para prepara rnovos ataques.
O ministro dos negócios estrangeiros azeri Jeyhun Bayramov disse por seu turno que o cessar-fogo só vai durar o tempo que a Cruz Vermelha levar para negociar a troca dos corppos de combatentes mortos.
O ministro disse que a actual situação no terreno não favorece o seu país que quer ganhar control de mais território,
O cessar-fogo foi acordado após 10 horas de conversações em Moscovo e vai permitir uma troca de presos e de corpos de combatentes mortos .
O ministro dos negócios estrangeiros russo Sergei Lavrov, que serviu de medianeiro, disse que o cessar-fogo vai permitir negociações para se resolver o conflicto.
Ontem a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos , Michelle Bachelet tinha pedido um cessar fogo urgente sublinhando haver grandes baixas entre a população civil.
“É profundamente preocupante que nos últimos dias áreas habitadas foram o alvo e foram bombardeadas com artilharia pesada na zonas de conflito e nos seus arredores”, disse Bachelet numa declaração.
Aquele departamento da ONU disse ter recebido informações que mais de 50 civis, incluindo crianças foram mortos desde que os combates começaram a 27 de Setembro.
Os combates causaram também a morte de cerca de 400 soldados de ambos os lados e forçou milhares de pessoas a abandonarem as suas casas.
O enclave de Nagorno Karabakh dentro do Azerbeijão é contudo habitado maioritáriamente por arménios e declarou a sua independência em 1991 aquando do colapso da União Soviética, provocando de imediato uma guerra que causou a morte de 30.000 pessoas antes de um cessar fogo ter sido assinado em 1994.
O enclave é apoiado pela Arménia mas a sua independência não é internacionalmente reconhecida.