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Centristas e socialistas constituem maior bloco no Parlamento Europeu, apesar do avanço da extrema-direita em alguns países


Manfred Weber, presidente do Partido Popular Europeu, (esq) e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeuia reeleita (dir), Bruxelas, 9 june 2024
Manfred Weber, presidente do Partido Popular Europeu, (esq) e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeuia reeleita (dir), Bruxelas, 9 june 2024

Em resultado das eleições, na Franlça, o Presidente dissolveu o Parlamento e anunciou eleições antecipadas

O Partido Popular Europeu (PPE) será a maior força política no Parlamento Europeu, depois das eleições europeias deste domingo, 9, ao conseguir 189 dos 720 assentos, seguido dos Socialistas e Democratas (S&D) que elegem 135 parlamentares.

Ao todo, os dois maiores partidos contam 324 assentos, abaixo do necessário para uma maioria parlamentar, 361.

Os liberais do Renovar a Europa são o terceiro maior grupo, com 80 eleitos, seguindo-se os Conservadores e Reformistas (ECR, 72), o Identidade e Democracia (ID, 58) e os Verdes (52).

Nas primeiras reações, o líder do PPE convidou os socialistas e os liberais para uma aliança no novo Parlamento Europeu, enquanto os conservadores admitiram diálogo com o centro-direita.

"Convido ambos a juntarem-se a uma aliança democrática pró-europeia para os próximos cinco anos", disse Manfred Weber.

Pelo Renovar a Europa, a vice-presidente da bancada, Iskra Mihaylova, vincou que esta que será novamente a terceira força política do Parlamento Europeu desempenhará "um grupo muito importante no processo de tomada de decisão", apontando ainda que "não é possível haver uma maioria pró-europeia" sem os liberais.

Já a vice-presidente do ECR, Assita Kanko, admitiu diálogo com o PPE, quando se fala de uma aproximação de Von der Leyen à primeira-ministra italiana e líder conservadora, Giorgia Meloni.

Eleições antecipadas na França

Entretanto, a extrema direita avançou em alguns lugares e com impacto na política nos respetivos países e na Europa, nomeadamente na França e na Alemanha.

Na França, o partido Rally Nacional, de Marine Le Pen, venceu as eleições e obrigou o Presidente Emmanuel Macron a dissolver imediatamente o parlamento nacional e convocar novas eleições.

“Ouvi a vossa mensagem, as vossas preocupações, e não as deixarei sem resposta”, disse Macron ao fazer o anúncio.

Na Alemanha, o país mais populoso do bloco de 27 membros, as projeções indicavam que a AfD superou uma série de escândalos envolvendo o seu principal candidato e subiu de 11 por cento em 2019 para 16,5%.

Em comparação, o resultado combinado para os três os partidos da coligação governamental alemã mal ultrapassaram os 30%.

Olaf Scholz, o chanceler, sofreu uma derrota tão sentida que o seu Partido Social Ddemocrata ficou atrás da Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita, que subiu para o segundo lugar.

No rescaldo dessas eleiçoes, os dois grupos dominantes e pró-europeus (os Democratas-Cristãos e os Socialistas) continuam a ser as forças dominantes.

O avanço da ultradireita ocorreu às custas dos Verdes, que devem perder cerca de 20 assentos e cair para a sexta posição.

C/AFP

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