Mais de 400 professores reuniram-se no fim-de-semana na província angolana de Kwanza Sul para discutirem a sua situação, tendo o sindicato avisado que há a possibilidade de uma greve geral caso não houver um acordo com o governo.
A reunião contou com a presença do director provincial do sector da Educação, Carlos de Brito Pacheco, que ouviu as queixas centradas nos salários e na actualização das categorias dos professores.
Maria da Costa, docente do município da Conda, disse que a actualização das categorias dos professores é essencial porque há casos, como o dela, em que “há 18 anos têm um salário ínfimo, não dá para nada”.
Conda saudou a presença de Carlos de Brito Pacheco e afirmou ter ficado satisfeita com as explicações que este deu.
Outro professor, Quartim Diniz, fez eco das queixas da sua colega afirmando que “temos uma série de professores que já terão concluído um determinado nível de escolaridade, que estão à beira da reforma e que até agora não estão têm as categorias ajustadas”.
A segunda preocupação tem a ver com um acordo entre o Governo e sindicato que impunha, desde Janeiro, o pagamento do subsídio de diuturnidade equivalente 3 por cento do salário, mas que não foi implementado ainda.
Para o secretário executivo provincial do Sinprof, Celestino Calembe Lutukuta, os professores devem, no entanto, aguardar pelos contactos que a organização mantém com o Governo
“Está prevista a terceira fase da greve nacional caso os problemas negociados até aqui não se resolvam”, disse Lutukuta
Do lado do Governo, Carlos de Brito Pacheco anunciou novas estratégias para minimizar alguns problemas, como a realização de um concurso para contratar novos professores.
Quanto à actualização dos salários, tudo aponta que as promessas continuarão por cumprir.