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Censo em Angola: Malanje precisa de meios aéreos


Vice governador para a área política Manuel Campos
Vice governador para a área política Manuel Campos
Os agentes de campo seleccionados para realizarem o censo geral da população e das habitações em algumas aldeias e bairros dos municípios de Calandula e Massango, a norte da província de Malanje, aguardam por meios aéreos.
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A confirmação é do vice-governador para o sector político e social, Manuel Campos, que constatou in loco o trabalho dos recenseadores e supervisores naquelas duas municipalidades.

“As populações estão a aderir em massa ao projecto, as pessoas pensavam que vai ser feito num só dia e, então, há uma pressão sobre os grupos censitários”, disse Manuel Campos, acrescentando que se deparam "com algumas dificuldades, tanto no município de Massango, como no município de Calandula que é a zona baixa do Ndongo, comum aos dois municípios”.

“Vamos fazer recurso às entidades superiores para que nos mandem os meios aéreos, já planificados”, precisou.

Quem também trabalhou nos municípios de Cahombo, Cunda-Dia-Base, Kiwaba-Nzoje e Quela nos últimos dias foi o vice-governador para os serviços técnicos e infra-estruturas, Gabriel Pontes, local onde a actividade censitária decorre sem quaisquer percalços e com muita adesão dos munícipes.

Na sede municipal do Quela, os agentes de campo trabalham com ajuda das autoridades tradicionais locais, de acordo com o administrador municipal Ananias Gomes.

“Na ETECs (Equipas Técnicas Executivas do Censo) temos o soba ou o regedor e o adjunto e temos ainda um acompanhante, alguém que more nos respectivos bairros”, garantiu.

Recompensa monetária é insuficiente


Recenseadores do município de Malanje afirmaram que o valor disponibilizado para a merenda, 1000 kwanzas/dia é insuficiente para a satisfação das necessidades alimentares, acrescida com a ausência de cantinas ou pequenos mercados em muitas povoações ao redor da cidade capital.

Em declarações à VOA, mas sem gravarem entrevistas, solicitaram algum adicional ao montante, uma vez que em alguns casos são obrigados a utilizar os telemóveis para contactar o supervisor quando se regista qualquer contratempo no terreno.

Para as comunas de Ngola Luije e Cambaxe, o administrador municipal de Malanje, Osvaldo Naval dos Santo prometeu distribuir uma ração quente, porque “o trabalho há-de ser ligeiramente mais difícil do que na sede, na sede os nossos efectivos, os recenseadores vão poder, eventualmente, voltarem nas residências nas comunas não vão ter que permanecer lá”.

Por tal razão foi criada logística “para o reforço para podermos dar uma refeição quente a essas equipas, de maneiras a termos um trabalho um bocado mais apurado, também temos por parte dos recenseadores aquilo que é uma melhor dinâmica”.
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