Os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reuniram-se no domingo, 15, com a segurança e a saída de três governos liderados por militares como pontos de destaque na agenda.
Antes da reunião CEDEAO, o Burkina Faso, o Mali e o Níger reafirmaram como “irreversível” a sua decisão de abandonar o bloco, que condenaram como subserviente ao antigo governante colonial, a França.
A saída dos três países poderá ter um impacto significativo na liberdade de comércio e de circulação, bem como na cooperação em matéria de segurança, numa região onde os grupos jihadistas estão a ganhar terreno em todo o Sahel.
Entre os participantes na cimeira em Abuja, capital da Nigéria, está o Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, que foi nomeado mediador em julho. Faye afirmou na semana passada que estava a “fazer progressos” nas conversações com os três países e disse que não havia razão para não manterem relações, especialmente tendo em conta a situação de segurança.
A saída do Mali, do Burkina Faso e do Níger tornar-se-á efetiva um ano após o anúncio, em janeiro, de acordo com os regulamentos do bloco. Os três Estados formaram também a sua própria confederação, a Aliança dos Estados do Sahel (AES), depois de terem cortado relações com a França e terem-se aproximado da Rússia.
Os três países separatistas realizaram uma reunião a nível ministerial na sexta-feira, na capital do Níger, Niamey. “Os ministros reiteram a decisão irreversível de se retirarem da CEDEAO e estão empenhados em prosseguir um processo de reflexão sobre os meios de saída no melhor interesse dos seus povos”, afirmaram numa declaração conjunta.
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