A eleição presidencial na Guiné-Bissau decorreu de forma calma e num ambiente de cordialidade, de acordo com uma avaliação preliminar da missão de observadores da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que exortou as autoridades a “trabalharem diligentemente e aclerar o processo de centralização, compilação e proclamação dos resultados”.
O antigo primeiro-ministro de Mali e chefe da missão, Soumeylou Boubeye Maiga, reiterou na segunda-feira, 26, que “não foram registados incidentes de maior”, além da ausência de nomes em algumas listas ou falta de tinta indelével em alguns locais que, no entanto, “não puseram em causa o processo”.
“As eleições realizaram-se num clima calmo e aprazível”, sublinhou Maiga, que exortou a Comissão Nacional de Eleições a abordar “as fases finais do processo com justiça, abertura e transparência até ao anúncio dos resultados”.
A CEDEAO também apelou os candidados a aceitarem a vontade do povo guineense expressa nas urnas e “que, em caso de objecções que recorram exclusivamente a meios legais”.
“O objectivo desta missão é de contribuir para a criação de um ambiente propício à realização de uma eleição presidencial pacífica e credível, aceitável para todos os actores políticos e para o povo da Guiné-Bissau”, lembrou o chefe da missão, realçando que esta eleição é o culminar de esforços dos guineenses e toda a comunidade internacional a fim de se encontrar uma solução duradoura para a crise política e institucional na Guiné-Bissau.
Os resultados da eleição de domingo, 24, devem ser anunciados na quarta ou quinta-feira.
Em caso de segunda volta, os eleitores escolherão entre os dois mais votados no dia 29 de Dezembro.