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CDC África declara varíola emergência de saúde pública


Homem infetado com vírus mpox
Homem infetado com vírus mpox

O organismo de vigilância sanitária da União Africana declarou uma emergência de saúde pública devido ao aumento do surto de varíola no continente, afirmando que se trata de um “apelo à ação”.

A Organização Mundial de Saúde realizou na quarta-feira uma reunião de peritos para decidir se o surto de varíola em África deve ser declarado uma emergência de saúde pública mundial.

A reunião de 16 personalidades internacionais ocorre depois de o organismo de controlo da saúde da União Africana ter declarado a sua própria emergência de saúde pública devido ao surto crescente.

O surto de varíola tem varrido vários países africanos, em especial a República Democrática do Congo, onde o vírus, anteriormente designado por varíola do macaco, foi descoberto pela primeira vez em seres humanos em 1970.

Paciente vítima dao virus mpox durante um surto na RDC em 1997 (arquivo)
Paciente vítima dao virus mpox durante um surto na RDC em 1997 (arquivo)

“O Mpox já ultrapassou as fronteiras, afectando milhares de pessoas em todo o nosso continente, famílias foram destroçadas e a dor e o sofrimento atingiram todos os cantos do nosso continente”, afirmou Jean Kaseya, chefe dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC), durante uma conferência de imprensa online.

De acordo com os dados do CDC de 4 de agosto, registaram-se 38 465 casos de varíola e 1 456 mortes em África desde janeiro de 2022.

É a primeira vez que a agência com sede em Adis Abeba utiliza o poder de segurança continental que lhe foi atribuído em 2022.

Espera-se que a decisão ajude a mobilizar dinheiro e outros recursos numa fase inicial dos esforços para travar a propagação da doença.

Boghuma Titanji, professor assistente de medicina na Universidade de Emory, nos Estados Unidos, afirmou que a declaração do CDC é um “passo crucial” para melhorar a coordenação entre os países africanos e incentivá-los a afetar fundos para combater o surto.

“Embora tenha havido críticas substanciais aos doadores estrangeiros por apoio inadequado, a dependência excessiva da ajuda externa evidenciou uma falha importante nos actuais esforços de resposta”, afirmou Titanji num comunicado.

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