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Catalunha realiza referendo de independência em Outubro


Parlamento Catalão, 6 de Setembro, 2017.
Parlamento Catalão, 6 de Setembro, 2017.

Governo espanhol é contra.

A Catalunha anunciou uma lei para formalizar os seus planos para um referendo no qual decidirá a sua independência da Espanha a 1 de Outubro, uma votação que o governo disse ser ilegal e que promete impedir.

A Reuters reporta que os parlamentares catalães aprovaram nesta quarta-feira, 6, a lei do referendo e o arcabouço legal necessário para estabelecer um Estado independente.

Pesquisas feitas na região do nordeste espanhol, cuja capital é Barcelona, mostram que o apoio à separação diminui à medida que a economia do país melhora. Mas a maioria dos catalães quer ter a oportunidade de votar para escolher se continua como parte da Espanha ou não.

Ainda nesta quarta-feira Madrid disse que pediu ao Tribunal Constitucional que declare a lei do referendo nula assim que ela for aprovada pelo Parlamento regional.

A Constituição espanhola afirma que o país é indivisível.

“O que está a acontecer no Parlamento catalão é constrangedor, é vergonhoso”, disse a vice-primeira-ministra espanhola, Soraya Sáenz de Santamaria, à imprensa.

Os detalhes do referendo, que pretende fazer a pergunta “Quer que a Catalunha seja uma República independente?” a todos os cidadãos espanhóis que vivem na região, foram revelados num clima tenso no Parlamento regional.

“Entendam bem que vocês não dividirão a Espanha, mas estão a separar a Catalunha”, disse Alejandro Fernandez, do governista Partido Popular (PP), aos parlamentares pró-secessão. “Vocês estão a colocar a harmonia social em risco.”

Não haverá exigência de comparecimento mínimo para tornar o resultado da votação obrigatório, informou o chefe do governo regional, Carles Puigdemont.

Pelos termos da nova lei, o Parlamento catalão irá declarar a independência 48 horas depois de uma vitória do “sim”.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse numa conferência de imprensa, na segunda-feira, que o governo usará toda a força da lei para impedir que o referendo seja realizado a 1 de outubro.

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