A CASA CE disse que os gastos com o orçamento de Malanje não estão bem justificados sendo “perigosa” a forma como esses gastos são apresentados.
O vice presidente da bancada parlamentar da CASA CE, Manuel Fernandes, chefia uma delegação do seu partido em visita a essa província e afirmou que a implementação dos projectos necessitam de mais esclarecimentos.
Fernandes disse ter notado que “as rubricas que estão prescritas no OGE de 2014 da província de Malanje quase na sua maioria são estudos”, acrescentando que “outras rubricas não estão especificadas só está ´outros investimentos´ nós vimos que esta forma de se fazer o orçamento é muito perigosa”.
Fernandes manteve um encontro com o governador de Malanje e disse que este “tentou detalhar a construção de alguns projectos sociais, algumas escolas que não são muitas”.
As competências dos quadros nacionais preocupam também os deputados da CASA-CE que constataram in loco o desempenho da barragem hidroeléctrica de Capanda e das unidades fabris fazendas Biocom, Pedras Negras e Pungo-Andongo.
“Ficamos com a impressão de que nos projectos agrícolas alguma coisa não está bem”, disse.
“Nós recebemos informação de que o projecto Pungo-Andongo estava em franco crescimento, mas a realidade que nós constatamos no terreno é que aquilo está a regredir”, aferiu.
Manuel Fernandes certificou que com o fim da parceria brasileira, os quadros angolanos “não estão capazes de dar a continuidade à dinâmica que o projecto vinha registando até há pouco tempo”. Caso idêntico ocorreu no Kwanza-Sul.
Segundo ele, “o projecto Aldeia Nova que era uma parceria com os irrealistas, quando se terminou a parceria com os irrealistas o projecto foi abaixo”, o que poderá ocorrer com a Fazenda Pedras Negras sustentada maioritariamente por técnicos chineses.
A delegação da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral visitou também o projecto de casas sociais no município de Cacuso, que está a ser construído num terreno pantanoso.
Saúde também é um problema
Em conferência de imprensa o parlamentar reafirmou que os doentes no Hospital Municipal de Cacuso estão voltados ao abandono. “Na medida que nas unidades hospitalares não há aquela competência necessária dos técnicos”, disse afirmando que quando a delegação se deslocou ao hospital “não estava nenhum médico em serviço”.
A justificação foi de que os médicos cubanos se deslocam ao hospital quando lhes é comunicado algum caso.
Manuel Fernandes defendeu que “havendo paciente grave ou não, o médico tem que estar no hospital se estiver escalado ao serviço".