A CASA-CE, a terceira força política com assento parlamentar em Angola, pode não concorrer às eleições de Agosto.
O director do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constitucional admite que se três dos quatro partidos que integram a coligação manifestarem a sua intenção de não integrar a coligação, a formação liderada por Abel Chivukuvuku extingue-se
O vice-presidente e porta-voz da CASA-CE coloca de fora esta possibilidade, enquanto o jurista Albano Pedro admite todos os cenários.
“Quem manda na coligação são os quatro partidos e não outros partidos e se três deles desistirem de integrar a coligação e concorreram noutro grupo ou individualmente, a CASA-CE extingue-se”, advertiu Marcy Lopes em entrevista à rádio pública nesta quinta-feira, 20.
Posição contrária tem Lindo Bernardo Tito, vice-presidente e porta-voz da CASA-CE, que coloca de fora esta possibilidade e afirma que todos os partidos da CASA-CE já reuniram os seus comités centrais e reafirmaram o apoio e permanência na coligação.
“Não só reafirmaram a sua intenção de se manterem na coligação como o documento já repousa no Tribunal Constitucional”, garante Tito que está confiante no processo em curso.
Entretanto, o jurista Albano Pedro admite todos os cenários e chama a atenção para a necessidade de se conhecer o documento constitutivo cda CASA-CE.
Pedro alerta que se três dos quatro partidos da formação política deixaram a CASA-CA a coligação extingue-se
“Se não exigirem mais de dois partidos não tem como existir a coligação” reitera.
Recorde-se que o pedido para transformação da coligação CASA-CE em partido foi indeferido pelo Tribunal Constitucional “por não existir consentimento para a respectiva fusão e dissolução” por parte de três dos quatro partidos coligados desde 2012.