No dia em que o Governo começou a instalar tendas para o realojamento dos sinistrados da tragédia, a Casa-CE reafirma que as casas das centralidades do Lobito constituem uma solução imediata para as famílias sem abrigo.
O secretário provincial, Francisco Viena, que visitou o local em companhia do presidente Abel Chivukuvuku, considera que as tendas são um atentado à cidadania.
A 20 quilómetros do Lobito, para quem segue em direcção à Canjala, estão 13 hectares de terra para um total de 120 famílias, que fazem parte da categoria vermelha. É lá onde se encontram as tendas prometidas pelo governador Isaac dos Anjos, ainda antes de ter falado em aproveitamentos políticos. Indiferente a esta chamada de atenção, Viena acena para as casas sociais já concluídas.
Entre os populares sinistrados, há quem concorde com o político. Outros, sem informação quanto às modalidades para o acesso às centralidades, solicitam apoios para a autoconstrução dirigida.
Nem mesmo o administrador municipal, Amaro Ricardo, consegue dar resposta a inquietações relativas à distribuição de casas na centralidade do Lobito.
Uma das certezas do momento, inquestionável como a tragédia que destruiu mais de 150 casas, é que a solução para os próximos quatro anos passa pelas tendas.
O director do Urbanismo e Ambiente, Elmano Inácio, assegura que existem condições técnicas para os sinistrados.
O Governo garante que a alimentação e o vestuário não serão problemas, para a satisfação de Cecília Njenga, representante das Nações Unidas para questões ambientais.