Divergências entre o actual secretário executivo da CASA-CE na província angolana da Huíla, Adalberto Cachiungo, e o seu adjunto, Manuel Engombe, estarão na base de uma crise que, segundo apurou a VOA já se arrasta desde o último trimestre de 2016.
Cachiungo é acusado pelo seu colega na liderança da coligação de má gestão.
O assunto terá levado a direcção central da CASA-CE a suspender temporariamente as funções de Adalberto Cachiungo, ao mesmo tempo que criou uma comissão de gestão liderada por Manuel Engombe.
Porta-voz rejeita divisão interna
Contactado pela VOA, o porta-voz da coligação na Huíla, Alfredo Mendes Panzo, confirmou a crise, mas desvalorizou a mesma que considerou ser uma situação normal em democracia.
Panzo rejeitou que se esteja perante uma divisão interna e garantiu que o problema deve conhecer solução numa reunião do Conselho Presidencial da coligação aprazada para esta quinta-feira em Luanda.
“É pacífico, não há divisão, ninguém quer retirar-se da coligação, os que apoiam o companheiro Cachiungo dizem que tem que ser assim e os que apoiam o companheiro Engombe também dizem que isto está mal, é pacífico. A reunião de quinta-feira do conselho presidencial da CASA-CE terá muita ênfase nessa questão”, explicou o porta-voz.
Uma fonte da coligação adiantou ainda que para liderar a aliança partidária na Huíla nas eleições de Agosto, Abel Chivukuvuku, deverá indicar uma outra figura.
Apesar da crise de liderança, Alfredo Mendes Panzo garante que os objectivos da CASA-CE na província em relação as eleições estão intactos e passa por “ganhar três deputados”.
Em Angola, cada província representa um círculo eleitoral que elege para o Parlamento cinco deputados.
Todos os deputados da Huíla na actual legislatura são MPLA.