Jovens moçambicanos dizem que nas eleições municipais de 11 de Outubro só vão apoiar manifestos eleitorais que apresentarem ideias concretas para a solução dos seus principais problemas, nomeadamente emprego, habitação e acesso à terra, porque, sublinham, estão cansados de promessas falsas.
Os jovens fazem notar que em todos os pleitos eleitorais, os partidos e organizações participantes fazem promessas para a juventude, mas que não são cumpridas, pelo que nas próximas eleições querem propostas concretas.
O Conselho Nacional da Juventude diz que os partidos políticos devem apresentar programas de habitação sustentável e de promoção de auto-emprego para jovens, "e só assim é que os partidos serão apoiados".
Para Vitor Fazenda, gestor de projetos no Instituto para a Democracia Multipartidária, "é preciso que os jovens que estão no espaço urbano tenham acesso à terra, porque um dos principais desafios da é a falta de habitação condigna".
Entretanto, Daimasia Afonso Manuel, do Observatório da Mulher, entende que é preciso que os partidos e organizações da sociedade civil que vão participar nas eleições comecem a ser sensibilizados agora, antes da apresentação dos seus manifestos eleitorais, "para que possam incluir nesses manifestos os grandes problemas da juventude".
O sociólogo e analista político João Feijó considera que estas preocupações fazem todo o sentido, e traduzem aquilo que é o sentimento da juventude, "porque nas zonas urbanas os jovens estão desempregados e com muita tensão acumulada".
Os partidos Renamo, Frelimo e Nova Democracia, durante a apresentação pública dos seus cabeças de lista, anunciaram que, prioritariamente, vão desenvolver ações que terão em conta as principais preocupações da juventude.
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