No mês passado, o jornalista e activista dos direitos humanos, Rafael Marques, viu o seu pedido de visto para o Canadá negado.
Uma porta-voz do Departamento Federal de Imigração do Canadá justificou a recusa dos serviços migratórios com a probabilidade de Rafael Marques pretender viver ilegalmente no Canadá, onde residem o seu filho e a sua esposa.
Depois das várias reacções negativas a esta decisão, por parte de grupos de direitos humanos e democracia, o departamento de Imigração do Canadá revuou na decisão.
Segundo o jornal The Globe and Mail, Chrystia Freeland, uma representante junto do escritório do Ministério dos Negócios Estrangeiros, pediu às autoridades para reconsiderarem a sua decisão.
"Negaram-me o visto por eu ser pobre", diz Rafael Marques
O escritório de Freeland interveio porque o filho de Rafael Marques estuda no distrito de Chrystia Freeland, em Toronto, explica o jornal.
Vale a pena recordar que Rafael Marques, a viver em Angola, ganhou há três anos o prémio Allard Internacional para a Integridade da Universidade de British Columbia, do Canadá.
Marques disse ao jornal The Globe and Mail, nesta quinta-feira, 17 de Maio, que espera que o caso dele “ajude o governo canadense a rever casos similares de pessoas rejeitadas injustamente”, essa seria a sua “consolação”.