O técnico da seleção angolana colocou a fasquia alta nesta quinta-feira, 1, ao dizer que os Palancas Negras querem ganhar o CAN 2023.
Na conferência de imprensa de antevisão do encontro frente à Nigéria amanhã, Pedro Gonçalves, disse em Abidjan que, apesar de reconhecer que vai jogar contra um coloso africano, Angola quer ser campeão.
José Peseiro, selecionador da Nigéria, também destacou a qualidade dos angolanos, mas reiterou que as Super Águias estão na Costa do Marfim para ganhar o CAN 2023.
"Vamos jogar com uma seleção poderosa, mas encaramos este jogo como uma oportunidade que foi conquistada com muito trabalho, com muito suor, com muita resiliência, com muito foco, com muita determinação, em especial dos jogadores", afirmou Gonçalves quem, no entanto, reiterou que os objetivos dos Palancas Negras foram bem definidos.
"Está cá o Show, um dos nossos capitães, sabe bem que no lançamento deste CAN, dissemos mesmo naquela altura que, chegando aos quartos-de-finais "mossa ambição vai ser sermos imortais, ser imortais significa chegar à final e conquistar esse troféu", concluiu Gonçalves.
Na conferência de imprensa, questionado pela Voz da América se a equipa sente pressão para ganhar o jogo, Manuel Cafumana, um dos capitães da equipa, conhecido por Show, disse que não.
"Como disse o mister, amanhã vai ser um jogo de oportunidades para nós, temos muito orgulho no que temos feito neste CAN, o orgulho que temos (feito sentir) ao nosso povo e amanhã esta é a nossa motivação", afirmou Show.
Do outro lado, o técnico da Nigéria, José Peseiro, que afirmou ser "um prazer jogar com um país irmão" ressaltou que as Super Águias apostam tudo para ganhar a prova, mas recusou qualquer favoritismo.
Ele afirmou que "cada equipa tem 50 por cento de possibilidades de ganhar" e destacou a qualidade da equipa angolana.
“Encaro Angola como um adversário de respeito”, frisou, para em seguida tecer elogios ao capitão Fredy, conforme disse, "evoluiu muito ao longo da sua carreira".
Peseiro sublinhou que os angolanos "merecem estar nos quartos-de-final", mas que as Super Águias vão apostar em manter a melhor defesa da prova, com apenas um golo, e marcar para assim ganhar o jogo.
Amanhã, no Estádio Félix Houphout-Boigny, em Abidjan, são esperados cerca de 600 adeptos angolanos provenientes de Angola.
A “Torcida”, ramo desportivo da Empresa Nova Energia, deu a conhecer que levará cerca de 150 adeptos, enquanto, em comunicado conjunto, a companhia angolana TAAG e o Banco BCI informaram que transportarão 440 adeptos para Abidjan.
Também na sexta-feira, as seleções da República Democrática do Congo (RDC) e da Guiné-Conacri enfrentam-se nos arredores de Abidjan, no Estádio Alassane Ouattara, à procura de um lugar nas semifinais.
Kaba Diawara, da Guiné-Conacri, foi peremptório em dizer que "estamos aqui para ganhar como fizemos nos jogos anteriores, e não passa pela cabeça de nenhum de nós de que iremos às semifinais".
Mais jogos
O selecionador da RDC, Sébastien Desabre, por seu lado, afirmou que "não há favoritos", mas que está "confiante num bom resultado".
No sábado, 3, será a vez de Cabo Verde subir ao Estádio Charles Konan Banny, em Yamoussoukro, a capital do país, para defrontar a África do Sul.
O Governo do arquipélago disponibizou 200 bilhetes de graça e três autocarros a partir de Abidjan para adeptos que queiram ver o jogo.
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