Os dois finalistas do Campeonato Africano das Nações (CAN 2023) serão conhecidos nesta quarta-feira, 7, depois das semifinais.
No Estádio da Paz, em Bouaké, a Nigéria, de Victor Osimhen, tentará manter a sua invencibilidade e bom futebol e vencer a África do Sul que, depois de eliminar Cabo Verde nos quartos-de-final, no desempate por penalties, acredita que pode ir mais longe.
Em Abidjan, no Estádio Alassane Ouattara, a renascida anfitriã Costa do Marfim aposta no seu alto nível anímico e no fator casa para vencer a República Democrática do Congo (RDC), que se tem mostrado uma formação muito sólida e em fase de crescimento ainda.
A Nigéria parece ser a equipa mais forte ainda em prova, com o melhor futebolista africano do ano, Osimhen, a tentar fazer a dobradinha.
Desde que empatou com a Guiné Equatorial na partida de estreia, 1-1-, as Super Águias registaram quatro vitórias consecutivas e não sofreram qualquer golo.
"Se não sofrermos golos podemos vencer sempre", disse o técnico José Peseiro após a vitória nos quartos-de-final sobre Angola, em Abidjan, quando Ademola Lookman marcou o golo da vitória (1-0).
Os nigerianos alcançaram assim a 15ª semifinal do CAN, um recorde, e pretendem erguer o troféu pela quarta vez, a primeira desde 2013, na África do Sul.
Cinco anos depois de terem perdido ante a Nigéria nos quartos-de-final da prova no Egito, os Bafana Bafana regressam ao grande palco sob o comando do veterano técnico belga Hugo Broos.
O homem que levou os Camarões ao título de 2017 contra todas as probabilidades já colocou a África do Sul na sua primeira meia-final em 24 anos, embora contra os Tubarões Azuis, o herói tenha sido o guarda-redes Ronwen Williams ao defender quatro penaltis, disse que "o CAN já é um sucesso", mas acredita que a sua equipa pode ir mais longe.
Recorde-se que os sul-africanos venceram Marrocos, a seleção mais bem classificada do continente, e não sofreram qualquer golo nos últimos quatro jogos.
Anfitrião renascido das cinzas
Na outra semifinal, a Costa do Marfim regressa ao estádio onde sofreu a pior derrota da prova, 0-4 ante a Guiné-Equatorial, e que ditou o despedimento do técnico Jean-Louis Gasset.
Naquele momento parecia que os donos da casa seriam eliminados na fase de grupos, mas graças ao empate entre Moçambique e Gana, conseguido pelos Mambas já no período de desconto, passaram à segunda fase e agora podem chegar à final.
Sob o comando do técnico interino Fae, eliminaram o Senegal, nos penaltis, e o vizinho Mali por 2 a 1, graças ao golo de Oumar Diakite nos descontos, no final do prolongamento.
"Depois da Guiné Equatorial estávamos no fundo do poço. Tivemos que esperar e puxar para nos classificarmos, o que aconteceu, e agora não temos medo de nada", disse o meio-campista Seko Fofana.
A Costa do Marfim não poderá contar com Kossounou e Diakite, suspensos, mas Sebastien Haller deve ser um candidato a titular pela primeira vez neste torneio.
Por seu lado, a RDC venceu o Egito nos penaltis nos oitavos-de-final e depois recuperou a desvantagem para derrotar a Guiné por 3 a 1.
Os Leopardos sonham em chegar à final pela primeira vez desde que foram campeões em 1974, na altura Zaire.
c/AFP
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