O treinador adjunto da selecção cabo-verdiana de futebol está a horas de poder fazer história, caso vencer o Burkina Faso e passar à fase seguinte do Campeonato Africano de Nações (CAN 2021), nessa condição que lhe foi imposta pela pandemia.
Humberto Bettencourt assumiu o comando dos "Tubarões Azuis" em Youndé, em virtude de o treinador principal Pedro Brito “Bubista”, ter dado positivo à Covid-19 e continuar em Cabo Verde.
“Encaramos o jogo da mesma forma que temos vindo a fazer, respeitando o adversário, mas o objectivo é sempre vencer, e o jogo de hoje não fugirá à regra”, afirma Bettencourt à VOA, a partir de Yaoundé, antes do segundo jogo de Cabo Verde nesta quinta-feira, 13.
Questionado se vai mexer na equipa e no sistema de jogo para o confronto contra os “Garanhões”, nome pelo qual é conhecida a selecção burquinabe em referência aos cavalos machos”, o técnico cabo-verdiano diz que é obrigado a mexer na equipa porque um atleta que jogou contra a Etiópia está infectado com a Covid-19, mas que a identidade de jogo será mesma.
“Nós não mexemos naquilo que é a nossa identidade de jogo, mas o adversário tem características totalmente diferentes da Etiópia, e por isso o jogo irá pedir-nos coisas diferentes, daí que a questão tactico-estratégica sofrerá algumas alterações impostas pelas características do adversário e o próprio jogo”, garante Humberto Bettencourt.
Por seu lado, o treinador do Burkina Faso, Kamou Malo, que regressa à equipa após alguns dias de ausência devido à Covid-19, disse, em declarações ao site da Confederação Africana de Futebol, que “vamos jogar com todas as nossas forças para vencer este jogo e ir o mais longe possível”.
No outro jogo do Grupo A, Camarões enfrentam a Etiópia.