O presidente da Associação de Camionistas do Namibe, Miguel Rafael, disse à VOA que não há motivos que levam o Governo a tomar medidas que restringem a circulação de camiões de carga até três toneladas e autocarros de passageiros sobre a ponte do rio Giraul, penalizando os cidadãos que circulam pela província angolana da Huíla.
As pessoas que viajam em autocarros para o Lubango e outras cidades são obrigadas a dar volta ao Giraul de baixo com um atraso de 30 quilómetro comparativamente a estrada 280 onde as autoridades decretaram proibição de circulação de viaturas com mais de três toneladas.
Miguel Rafael, que é igualmente militante do partido no poder, alerta ainda para o facto desse impasse poder pesar negativamente na balança eleitoral de 2017.
Autocarros e camiões, que em jeito de protesto passarem por baixo da nova ponte, no posto policial do quilómetro 26, são interceptados e igualmente punidos pela corporação.
O presidente da Associação disse que a polícia está a ser obrigada a cumprir ordens superiores do Governo do Namibe, apesar de também não concordar com as mesmas medidas.
Em Março último, o Governo do Namibe previa restringir a circulação de camiões na serra Leba, passando para a serra da Humbia, onde, segundo o governado, poderia dar mais vida ao município da Bibala, mas esta medida parece ter caído no descrédito, mercê da resistência dos homens da estrada.