As recentes calamidades naturais caracterizadas por cheias no centro e norte de Moçambique, exacerbaram as fragilidades da capacidade das infra-estruturas de produção e distribuição de energia eléctrica do país.
Segundo a empresa estatal, Electricidade de Moçambique(EDM), 10 torres de transporte de energia eléctrica foram destruidas em Janeiro nas regioes centro e norte do país. A EDM diz que gastou seis milhões de dólares em trabalhadores de reparação de emergência.
Apesar da abundância de recursos hidricos e energéticos, Moçambique depende largamente de barragem de Cahora Bassa, HCB, localizada no extremo ocidental da provincia central de Tete, para o fornecimento de energia electrica, sem infra-estruturas de redundância.
Aliás a capital, Maputo, recebe corrente eléctrica de Cahora Bassa através da vizinha África do Sul, maior consumidor da energia gerada pela HCB.
No ano passado, foi inaugurada uma central térmica baseada na vila fronteirica de Ressano Garcia, que faz limite com África do Sul.
Mas o Governo promove a electrificação de todo o país, com destaque para as sedes de 138 distritos.
A maior parte já recebe a energia electrica da rede nacional, mas a qualidade e considerada fraca.
A EDM está, entretanto, preocupada com a falta de investimentos para reabilitação de infra-estruturas da rede eléctrica com mais de 40 anos.
O projecto da chamada espinha dorsal da linha de transporte de energia, na direção Sul-Norte, marca passos por falta de dinheiro.
Entretanto, a pressão popular pelo acesso à energia eléctrica aumenta a um ritmo acelerado.
Muitas pessoas fazem construçoes em todo o país sem consulta prévia à EDM e depois exigem ligação eléctrica.