O governador em exercício de Malanje, Domingos Eduardo, disse que a região do Cacuso pode ser um potência económica regional mas no terreno os habitantes queixam-se da falta de serviços básicos como água e eletricidade.
Ao invertivr num almoço de confraternização por ocasião dos 65 anos de elevação da então vila à categoria de conselho, Domingos Eduardo propos que "esta região se transforme numa zona de desenvolvimento económico diferenciado e acelerado”.
“Já conseguimos fazer com que no Plano de Desenvolvimento Nacional isso seja considerado”, confirmou o governador que fez notar que “aqui vão se produzir mais de cerca de sete mil megawhatts de energia eléctrica, uma grande oportunidade que o país, a província e está região do médio Kwanza não poderão desperdiçar”.
Contudo, a realidade é que os problemas sociais básicos da população persistem, nomeadamente a falta de água potável, energia eléctrica, habitação social, empregos e locais para recreação entre outros.
A vila não está iluminada, apesar de ostentar as barragens de Capanda e Laúca.
José Adelino Guimbo, residente, disse que há ruas em que há dois meses não há iluminação.
"Em algumas ruas só meteram os postes e não têm lâmpadas”, reforçou.
A falta de água é um problema de longos anos, disse outro residente, José de Barros, soba Macandela.
“Temos água dos furos, mas já não corresponde com a demanda da população, os poços que nós temos são uma calamidade”, referiu, acrescentando que ”de manhã cedo se encontram as mulheres a lutar para encontrar o precioso liquido”.
Apesar do potencial económico, o estudante Adelino Joaquim, de 16 anos de idade, disse que a população está esquecida.
“Falta chafariz, as pessoas bem água não potável, isso está mal”, reclamou.
Duzentos fogos habitacionais estão desabitados e o soba Macandela disse que “ninguém consegue habitar lá porque tem problemas de água, não tem água, nem luz tem”.