O secretário de Saúde e de Serviços Humanos dos EUA, Tom Price, classificou nesta sexta-feira, 8, o Furacão Irma como "uma tempestade notavelmente perigosa, enquanto o Serviço Nacional do Clima disse que hoje é o último dia para os moradores se retirarem antes de os ventos começarem a atingir velocidades perigosas na Flórida.
Agora com categoria 4, o furacão já provocou 17 mortos nas caraíbas e milhões de dólares em prejuízos.
O furacão chega ao território americano na noite de sábado, 9, e a expectativa e o temor são enormes.
A pequena comunidade cabo-verdiana aí radicada também prepara-se para a chega de Irma.
A pouco mais de 24 horas da chegada do furacão Irma ao sul da Flórida, o cabo-verdiano Paulino Fernandes, que vive em Hallandale Beach, por onde passará o chamado olho do furacão, teve de deixar a sua residência, perto da praia, e ir para a casa de um amigo.
Aquele técnico bancário admite, no entanto, deixar o Estado se a situação piorar.
“Estou em casa de um amigo mais a ocidente, mas se a situação piorar irei para outro Estado”, garante Fernandes chegou à Flórida em 2007 quando o furacão Wilma, de categoria 3, provocou enormes estragos.
A empresa para a qual trabalhava levou os trabalhadores para o norte do Estado, mas no regresso a destruição era total.
“Esse local parecia um inferno, quase tudo destruído, árvores no meio das estradas, não tive luz durante três dias, nada agradável”, recorda.
Flórida, Geórgia, Carolina do Sul e do Norte aguardam pela chegada do furacão frente à incerteza de por onde entrará e os estragos que poderá provocar.
Américo Silva, antigo presidente da Câmara Municipal do Paul, em Cabo Verde, e deputado pela emigração pelo MpD, vive em Miami e diz que a situação é tensa.
“Sente-se na rua que as pessoas são muito alteradas, muito nervosas, correndo para comprar combustível, suprimentos, alimentação para pelo menos três dias e garantir segurança nas suas próprias casas”, conta Silva, adiantando que as autoridades têm feito “um bom trabalho de informação permanente”.
O secretário de Saúde, Tom Price, classificou o Irma como "uma tempestade notavelmente perigosa” e advertiu que “a janela para se chegar ao lugar certo... fecha-se muito rapidamente".
O Serviço Nacional do Clima informou que hoje é o último dia para os moradores se retirarem antes de os ventos começarem a atingir velocidades perigosas na Flórida.