Uma franco-cabo-verdiana morreu e um homem encontra-se internado na sequência do ataque de quinta-feira, 14, em Nice, na França, do qual resultaram 84 mortos e mais de 200 feridos, entre eles 20 em estado grave.
A informação da morte foi revelada à VOA por membros da comunidade cabo-verdiana, embora no momento da entrevista o presidente da Confederação das Associações Cabo-Verdianas de Nice, Arlindo Moreira, não tivesse a confirmação oficial.
Em conversa com a VOA, a embaixadora de Cabo Verde em França, Fátima Veiga, sem gravar entrevista, confirmou que um franco-cabo-verdiano está hospitalizado e que há uma outra desaparecida.
Fontes da comunidade falam numa segunda franco-cabo-verdiana desaparecida.
O ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, José Luís Tavares, revelou ao jornal Expresso das Ilhas, a partir de Kigali, onde encontra-se a participar nas reuniões da União Africana, que uma criança de 13 anos também está desaparecida.
O líder comunitário Arlindo Moreira reconhece que a “situação é tensa porque, embora não tenhamos medo, as pessoas estão à procura dos familiares, amigos e companheiros de trabalho”.
A VOA tentou contactar as embaixadas dos demais países de língua portuguesa mas sem qualquer sucesso.
O Governo brasileiro informou não haver cidadãos do país entre as vítimas.
Entretanto, dois jovens luso-descendentes terão morrido no atentado em Nice, de acordo com a imprensa portuguesa, enquanto o Governo de Lisboa disse haver um português ferido.
O autor do ataque é o tunisino Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31, anos de idade.
Ele não estava na lista de suspeitos dos serviços de inteligência franceses, mas era conhecido da polícia por sua ligação com crimes comuns, como roubo e violência.