A ministra-adjunta e da Saúde de Cabo Verde anunciou nesta terça-feira, 15, o primeiro caso de microcefalia com provável ligação ao vírus zika.
Este é o primeiro registo de ligação à microcefalia no arquipélago, que desde Outubro teve mais de sete mil casos suspeitos de zika, das quais em 165 grávidas.
Até agora, 44 grávidas tinham dado à luz sem qualquer indicação de microcefalia.
"Foi notificado o nascimento de uma criança com evidências de microcefalia na cidade da Praia. Não temos ainda a confirmação de se tratar de microcefalia que esteja associada ao zika, mas é uma situação que tratamos como provável associação", disse Cristina Fontes Lima em conferência de imprensa na Praia, adiantando que segue-se agora a investigação necessária, como estipulado pela Organização Mundial da Saúde.
Entretanto, o director nacional da Saúde também presente na conferência, referiu que a mãe “não foi ao médico e durante o período pré-natal não fez qualquer referência a que tinha estado doente”.
Tomás Valdez adiantou ainda que a criança foi identificada no âmbito da vigilância às grávidas nos serviços de Saúde.
O director nacional da Saúde disse que a criança será seguida em consultas de pediatria e neuropediatria para estimular precocemente o desenvolvimento de "alguma capacidade e autonomia básica" e terá um acompanhamento social, bem como a família.
Depois de um pico de quase 500 casos semanais em Novembro, na primeira semana de Março foram registados 33 casos suspeitos de zika, o que, para o Ministério da Saúde, indica que a doença está em fase decrescente.