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Cabo Verde: Sindicato de professores anuncia greve de uma semana, ministro pede cautela


Manifestação de professores, Praia, Cabo Verde, 2023 (Foto de Arquivo)
Manifestação de professores, Praia, Cabo Verde, 2023 (Foto de Arquivo)

Paralisação visa reivindicar o reajuste salarial e o pagamento de subsídios relacionados com a carga horária em dívida desde 2018.

O Sindicato Cabo-verdiano dos Professores (Sindep) marcou para o dia 15 de maio uma nova greve de sete dias para reivindicar o reajuste salarial e o pagamento de subsídios relacionados com a carga horária, em dívida desde 2018.

A organização sindical e o Governo não se entendem, apesar do Ministério da Educação continuar a afirmar que tem honrado os compromissos assumidos entre as partes.

"Faz tempo que estamos em negociação com o ministro, mas não chegamos a um entendimento em dois aspetos como o reajuste salarial e pagamento dos subsídios pela não redução de carga horária", afirmou o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, para quem a "conversa tem sido sempre a mesma", com a justificação de que ainda decorre a revisão do estatuto da carreira docente.

A paralisação deve coincidir com as provas gerais internas do 12.º ano, entre os dias 15 e 17 e entre 21 e 24 de maio.

Esta é a segunda greve dos professores despois de, em novembro de 2023, terem protagonizado uma paralisação de dois dias que paralisou todo o sistema de educação do país.

No passado dia 9, na ilha do maio, o ministro da Educação disse que todos os professores que adquiriram o grau de licenciatura já foram requalificados, uma das exigências do sindicato, e que o Ministério da Educação tem vindo a fazer de tudo para cumprir as promessas feitas aos docentes.

Amadeu da Cruz reiterou estar a trabalhar para que todos os docentes tenham as condições para exercerem as suas profissões com dignidade e lembrou que está a dialogar com os sindicatos dos professores para a definição de um salário aos professores de 89 mil escudos (cerca de 870 dólares) , em vez dos 95 mil escudos (930 dólares) propostos pelos sindicatos, até ao final deste ano.

Quanto à greve, Cruz disse carecer de uma ponderação porque "estão em causa os interesses dos alunos do 12º ano de escolaridade”.

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