O Governo de Cabo Verde pretende desenvolver um programa de privatizações que englobe a gestão de portos e aeroportos, energia e água, reparação naval, transportes aéreos, produção e comercialização de medicamentos.
O economista Fernando Gil Évora disse que se trata de uma boa ideia.
Para ele, osector privado está capacitado para gerir, imprimindo outra dinâmica produtiva com mais eficiência e ganhos para o arquipélago.
O economista entende que o Estado deve libertar-se da área económica, deixando essa responsabilidade ao privado.
No entanto, Gil Évora ressalva a necessidade do processo ser conduzido levando em conta um conjunto de questões, para que não se repitam algumas falhas do passado.
Por seu lado, o deputado do PAICV, na oposiçao, José Veiga também aprova o programa de privatização.
Contudo, o também vice-presidente daquele partido, espera que o processo seja feito de forma transparente, salvaguardando os superiores interesses do país e os serviços públicos em determinados sectores.
Veiga diz que o principal partido da oposição não quer ver repetidos os erros cometidos na década de 1990, quando o então Governo suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD), actualmente no poder, promoveu a privatização de algumas empresas públicas.
Já o deputado do MpD, no poder, Emanuel Barbosa apoia totalmente o programa de privatização que o Executivo irá implementar.
Para o membro de direcção do grupo parlamentar do partido que suporta o Governo, este é o caminho a seguir, “já que urge corrigir a má gestão das empresas públicas do país”.
Barbosa considera que não se deve perder tempo ou ver fantasmas, já que cabe ao Estado o papel de criar condições para que o sector privado seja cada vez mais forte e possa funcionar como o principal motor de desenvolvimento económico do país.