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Cabo Verde: PGR realiza buscas na Câmara Municipal da capital


Câmara Municipal da Praia, Cabo Verde, 17 novembro 2016
Câmara Municipal da Praia, Cabo Verde, 17 novembro 2016

Fontes locais falam em processos durante a anterior e a atual gestão

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Cabo Verde realiza nesta quinta-feira, 9, buscas na Câmara Municipal da Praia na sequência de alegadas irregularidades denunciadas ao Ministério Público (MP) pela vereadora do MpD, na oposição, e do deputado municipal Manuel Alves.

A agência cabo-verdiana de notícias Inforpress, que cita fontes no local, diz que as buscas dizem respeito a processos de 2016 a 2024 e abrangem áreas do Secretariado Municipal, Direcção Financeira e Patrimonial e Administração Fiscal.

Entretanto, o portal Santiago Magazine avança que as buscas também se referem a outra denúncia sobre indícios de corrupção referenciados sobretudo nos relatórios do Ambiente e do Fundo do Turismo de 2018, durante a gestão do anterior presidente da Câmara Municpal, Óscar Santos.

O presidente da Câmara Municipal da Praia começou a ser julgado a 7 de março último num processo que, segundo observadores, pode levar à perda do mandato de Francisco Carvalho.

Na ocasião, o edil disse à imprensa que o tribunal “não conseguiu e nunca vai conseguir absolutamente nada” em relação à sua gestão.

A queixa de Maria Aleluia e Manuel Alves assenta-se na aprovação dos orçamentos de 2022 e 2023, que terão passado sem que fossem respeitados “os procedimentos legais”, uma “prática reiterada de ilegalidades”, de acordo com a acusação, que aponta ausência de reuniões, casos de deliberações sem quórum e a justificação do “voto de qualidade”, situações que, conforme os Estatutos do Município, obrigam à perda de mandato por configurar “ilegalidade grave”.

A acusação denuncia ainda a execução de despesas e de receitas sem deliberação do coletivo camarário.

Até agora, nem a PGR nem a Câmara Municpal da Praia se pronunciaram.

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