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Cabo Verde quer alargar parceria com UE


Palácio do Governo, Cabo Verde
Palácio do Governo, Cabo Verde

Presidência e Governo fazem ofensiva em Bruxelas

O Governo cabo-verdiano apresentou nesta segunda-feira, 10, em Bruxelas, a proposta para o alargamento da parceira especial com a União Europeia (UE).

A equipa do Executivo, liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, foi reforçada pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que na capital belga manterá vários contactos com responsáveis europeus.

Cabo Verde quer alargar parceria com UE
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Depois do primeiro acordo que completa 10 anos, Praia pretende consolidar os ganhos conseguidos, desenvolvendo novas áreas com realce para “investimentos-criação de emprego, economia marítima e reforço da reforma institucional”.

O director nacional da Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros considera que é fundamental o país dar passos significativos, “passando a jogar papel de destaque na sub-região e no mundo”.

As áreas que apresenta na proposta de alargamento na parceira especial com a união europeia surgem, segundo Júlio Morais, precisamente para o arquipélago reforçar as bases de desenvolvimento, passando a ser um parceiro cada vez mais interventivo e preparado para responder a um conjunto de desafios internos e externos.

Morais disse à VOA que Cabo Verde é desafiado a jogar um papel de maior destaque, sobretudo na sub-região africana.

Mobilidade ainda espera

Quanto à tão falada mobilidade, Júlio Morais afirma que “as autoridades nacionais continuam a trabalhar com os parceiros europeus no sentido de viabilizar esse capítulo”, mas o diplomata cabo-verdiano diz tratar-se de um dossier muito complexo, mormente no momento em que o velho continente está confrontado com a problemática da migração clandestina.

“Devido a esta situação muitos países membros da UE se fecham, daí tornar-se difícil a resolução dessa questão”, afirmou Júlio Morais que considera que apesar do arquipélago ter uma parceira especial com a UE, a questão da mobilidade e livre circulação depende do aval de cada um dos 27 Estados-membros.

O analista político Daniel Medina acredita que Cabo Verde vai reforçar a parceira especial com a UE, porquanto o arquipélago tem sido elogiado pelo bom desempenho na governação e implementação dos projectos e acordos estabelecidos.

No entanto, Medina ressalva “a necessidade de Cabo Verde reforçar determinados mecanismos, a fim de passar a ser visto como um país que não só recebe ajudas, mas que também pode contribuir para ajudar os outros”.

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